Continua a polêmica Canil Municipal
A hospedagem de animais
abandonados implica em uma ampla responsabilidade por parte do poder
público de qualquer cidade. Mas em São Sebastião do Paraíso a questão promove
discussões, repercussões, comoções, notas de repúdios e demissões há muito
tempo e nenhuma solução plausível.
Cães abandonados (Foto; Jornal do Sudoeste) |
Não é de hoje que ouvimos falar,
aqui em paraíso, do abandono de cães, gatos, cavalos, pássaros e outros tantos
pobres bichinhos que ficam a mercê de nós animais pensantes e errantes. Também existem
situações em que outras cidades simplesmente jogam os animais abandonados de
lá, pra ficar abandonado de cá. Isso só acumula o número de animais
perambulando na cidade e nem adianta aumentar ou reformar o canil municipal.
Nossos jornais nunca publicaram tantas notícias sobre
animais. Infelizmente, a maior parte delas, nada agradáveis. “Cavalo abandonado
morre na estrada que liga à Guardinha”, “matilha de cães ameaça pedestres”,
“cavalos soltos na estrada põem em risco a segurança dos motoristas”, e por aí
afora.
A pressão é tão grande que foram proibidas imagens, e a
entrada não autorizada no atual canil público, para a imprensa local. Ordem
direta do prefeito Rêminho. Isso gerou uma nota de repúdio de um colega
jornalista, Ralph Diniz, que recebeu uma negativa para filmar o canil. Essa negativa fere o
direito de imprensa.
Agora quanto ao canil? Reformado, ampliado. Bom, muito bom... porém a questão vai muito mais longe.
A questão, contudo, é que os animais abandonados NÃO são o
problema. Eles são somente o efeito, o sintoma. O verdadeiro problema é a total
falta de controle que existe em nossa cidade com relação à posse e propriedade
de animais. E isto não se refere somente a cães, gatos e também os cavalos.
No caso dos cavalos, resulta também numa questão de trânsito,
pois muitos cavaleiros transitam livremente em avenidas movimentadas de
paraíso. É preciso observar isto, e colocar ordem na bagunça.
A culpa disso é dos animais? É sim. Culpa dos animais pensantes e errantes.
Quando tivermos em nossa cidade uma política de controle englobando castração, registro, educação, fiscalização e punição para os infratores, talvez o problema começará a se resolver.
Vamos pensar juntos então?
Segundo o Instituto Nina Rosa, os países que implementaram o
registro e a castração conseguiram reduzir em 80% o número de eutanásias.
O que na cidade acontece e muito, tai um dos motivos que não deixam entrar no
canil sem autorização, só pode ser.
Então, fica o recado. Se quisermos efetivamente acabar com
animais abandonados pelas ruas, vamos arregaçar as mangas e começar a conhecer
esta população e punir os verdadeiros responsáveis pelo triste quadro que temos
hoje em Paraíso. Trancafiar animais em jaulas não resolve e nunca resolverá o
problema.
Ou então vamos continuar a ver discussões, repercussões, comoções, notas de repúdios e
demissões.
A ultima; vamos continuar a ver, a
passagem de inúmeros profissionais no canil, conforme a situação; haverá mais demissões.
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